quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Padre Mário da Lixa Convite à Insurreição Política Desarmada.avi.AVI




Que doença mortal é essa, Companheiras, Companheiros, que Vos apanha por inteiro e Vos deixa completamente reféns do Poder, do seu Estado, do seu Governo, do seu Parlamento, do seu Banco? Que cegueira estrutural é essa que se apodera das Vossas mentes, sobretudo, das Vossas mentes cordiais, que vos deixa completamente à deriva, aos papéis, sem Capacidade de conceber um Projecto Político alternativo ao projecto do Poder Político que Vos asfixia e exclui das decisões urgentes a tomar e a Praticar? Até os Vossos Cantos são de Desilusão e de gente conformada, desorganizada, cansada, triste, sem Horizonte. O País está inteiramente "comido" pelo Estado e pelo Governo do Estado e pelo Parlamento do Estado. O Estado está a ser o Vosso Tirano, o Vosso Carrasco, o Vosso Assassino, o Vosso Ladrão Institucional. E Vós continuais a confundir o País que sois com o Estado. Estou todos os dias conVosco, mas não Vos encontro nos locais onde deveríeis estar. As Trincheiras estão sem gente. As sentinelas desertaram dos seus postos. Ingenuamente, continuais a pensar que o Estado e o Governo do Estado e o Parlamento do Estado vão resolver os problemas do País que são os Vossos próprios problemas. Como assim, se o Estado, o seu Governo e o seu Parlamento é que são os responsáveis pelo beco sem saída em que Vos encontrais, como País? Não vedes que os problemas do País, só o País organizado e unido pelos Afectos Políticos, pode resolvê-los? Deixai de esperar a Solução dos problemas do País que sois, da parte do Estado, do Governo do Estado e do Parlamento do Estado. Do Estado, do Governo do Estado e do Parlamento do Estado, vêm os problemas que hoje sofreis na carne. Crescei, de dentro para fora, em Cidadania Praticada, em Política Praticada, em Sabedoria Praticada. Cabe a Vós prescindir do Estado, do Governo do Estado e do Parlamento do Estado. O País sois Vós, Mulheres, Homens, Populações de Portugal. O Poder, disfarçado de Estado, de Governo do Estado e de Parlamento do Estado, é o Vosso Inimigo n.º 1. Arrebatai, das assassinas mãos do Estado, o País que sois. Basta de tanta Pobreza. Basta de tanta Caridadezinha. Basta de tanta Submissão. Basta de tanta Humilhação. Levantai a Cabeça, redescobri a Clandestinidade, passai ao Deserto, reaprendei a ser Companheiras, Companheiros, isto é, a Comer o mesmo Pão, fruto do Vosso Trabalho e da Vossa Partilha. Reaprendei a ser Grândola, Vila Morena, Terra da Fraternidade, Cidade sem muros nem ameias. Não me deixeis sozinho, na Trincheira, onde vivo, inteiro, há 25 anos, tantos quantos já levo de definitiva Clandestinidade, de Invisibilidade aos Vossos olhos. Cabe-nos, a todas, todos nós, Resgatar o País que somos das garras do Estado, do Governo do Estado, do Parlamento do Estado. E SERMOS Mulheres, Homens, Populações crescidas de dentro para fora, com os nossos destinos nas nossas próprias Mãos. Fazei da casa uma Trincheira e lá me vereis! Porque é lá que vivo em permanência, desde que me tornei invisívelaos Vossos olhos. Vosso Companheiro, sempre,
JOSÉ AFONSO.




http://www.youtube.com/watch?v=HqU0INXtOFk

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